Dados Biográficos:
Abner G. Jacobsen é natural de Vitória, capital do Estado do Espírito Santo. É poeta.
Obras:
"Poemas" - 1991 - edição artesanal da Editora Buraco Negro, com apresentação e ilustrações de Gilbert Chaudanne.
Abner G. Jacobsen é natural de Vitória, capital do Estado do Espírito Santo. É poeta.
Obras:
"Poemas" - 1991 - edição artesanal da Editora Buraco Negro, com apresentação e ilustrações de Gilbert Chaudanne.
Poesias
OS POETAS DE SIDNEY Penso frequentemente Nos poetas de Sidney, Austrália. Não naqueles que saem em jornais, Dão entrevistas, publicam livros, São respeitados e citados; Mas naqueles que acordam pela manhã, Incertos de si mesmos, E que, quando caminham pela rua, Não são cumprimentados ou reconhecidos; São transeuntes quaisquer Penso frequentemente Nos poetas de Sidney, Austrália. Nos milheres de obscura existência. Que se perdem em quartos esquecidos, Nos seus empregos monótonos E com suas mulheres cotidianas, Cujos versos sem sentido, E de dúbia qualidade, Nunca são lidos. Suas palavras me corroem o espírito, Nessa mágica universal Que é ser poeta, desconhecido, De Sidney, Na Austrália. |
CAIS DA ESPERA
Nesse cais de dolorosa espera,
Ouvindo o som das ondas desse
Nada, que quebram nas pedras,
Alongamos por todo um dia
Nossos olhares de aguardo.
Por todo um viver e ser
Aguardamos em pé, estáticos,
Que nesse horizonte plúmbeo
Surja, em sua impetuosa e
Deslumbrante figura, algo
Que nos fale
De certas coisas
Que sejam
palpáveis em si.
Esse cais de duras, frias pedras,
Unidas por nossas lágrimas
Eternas, nesse desespero cotidiano,
De se aguardar e de se esperar que venha
Qualquer coisa depois da luz,
Qualquer luz depois do nada.
Resignada angústia de se esperar,
Em estáticos movimentos ensaiados,
Qualquer nova do frio ocidente.
nesse cais triste, quantas pedras
Desgastadas foram por nosso choro.
Quantas esperas infrutíferas,
Enfim, terminaram
Sem resposta.
Estar-se nesse cais é esperar-se
Qualquer novidade que venha
Em algum navio que aqui,
Ao fim, aporte.
Nesse cais de dolorosa espera,
Ouvindo o som das ondas desse
Nada, que quebram nas pedras,
Alongamos por todo um dia
Nossos olhares de aguardo.
Por todo um viver e ser
Aguardamos em pé, estáticos,
Que nesse horizonte plúmbeo
Surja, em sua impetuosa e
Deslumbrante figura, algo
Que nos fale
De certas coisas
Que sejam
palpáveis em si.
Esse cais de duras, frias pedras,
Unidas por nossas lágrimas
Eternas, nesse desespero cotidiano,
De se aguardar e de se esperar que venha
Qualquer coisa depois da luz,
Qualquer luz depois do nada.
Resignada angústia de se esperar,
Em estáticos movimentos ensaiados,
Qualquer nova do frio ocidente.
nesse cais triste, quantas pedras
Desgastadas foram por nosso choro.
Quantas esperas infrutíferas,
Enfim, terminaram
Sem resposta.
Estar-se nesse cais é esperar-se
Qualquer novidade que venha
Em algum navio que aqui,
Ao fim, aporte.
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